Tenho tentado não pensar em mais nada, a não ser no estudo, nos trabalhos e exames. Já nem penso na neve, nem em viagens. E, quando não estou a (tentar) estudar, entupo os ouvidos e a cabeça com música, normalmente com o volume acima do recomendado, para não pensar em mais nada. Mas não dá. A cabeça, os olhos, e o coração voltam sempre a pegar em memórias, e é cada vez mais difícil desprender-me delas. São muitas, distintas em termos de quando se passaram e com quem se passaram, e trazem umas mais antigas, misturadas, transformando-me num vulcão, sempre quase a explodir em choro. Às vezes sinto-me como uma bomba.
Peço desculpa se isto incomoda (ou assusta) alguém. Eu estou bem, mas triste. E, como já disse num texto anterior, sinto em demasia, o que me faz parecer um bocado exagerada, de vez em quando. Agora, estou magoada com a vida, mais uma vez.