quarta-feira

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Estou triste. Porque estou longe. Porque me sinto impotente. Porque a vida é madrasta, e não corre como eu quero. Porque estou cheia de trabalho. Porque falta pouco para ir embora. Porque não sei o que fazer, e não quero fazer nada. Porque sim.

Tenho tentado não pensar em mais nada, a não ser no estudo, nos trabalhos e exames. Já nem penso na neve, nem em viagens. E, quando não estou a (tentar) estudar, entupo os ouvidos e a cabeça com música, normalmente com o volume acima do recomendado, para não pensar em mais nada. Mas não dá. A cabeça, os olhos, e o coração voltam sempre a pegar em memórias, e é cada vez mais difícil desprender-me delas. São muitas, distintas em termos de quando se passaram e com quem se passaram, e trazem umas mais antigas, misturadas, transformando-me num vulcão, sempre quase a explodir em choro. Às vezes sinto-me como uma bomba.

Peço desculpa se isto incomoda (ou assusta) alguém. Eu estou bem, mas triste. E, como já disse num texto anterior, sinto em demasia, o que me faz parecer um bocado exagerada, de vez em quando. Agora, estou magoada com a vida, mais uma vez.

[ Vou voltar a uma prática que tinha quando comecei este blog de lamurias, e vou deixar aqui um video musical ]